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Desenvolvimento de probióticos

Em 2018 fui convidado por uma empresa a apresentar um plano para desenvolvimento de um probiótico para uso em aves.



O projeto era semelhante ao que eu já fazia com sucesso na pecuária leiteira, mas com o objetivo diferente: controlar os patógenos Clostridium sp. e Salmonella sp. nos aviários.


Semanas depois eu apresento uma proposta focada na microbiota, com o objetivo de encontrar nas bactérias nativas das aves aquelas associadas com a boa saúde intestinal e usá-las na formulação.


Não necessariamente o produto deveria "matar" o Clostridium sp. ou a Salmonella sp., mas impedir que fosse criado um ambiente favorável para sua propagação.


Naquela altura, a empresa havia contratado um consultor de mercado especialista em biosseguridade que discordou diametralmente da minha abordagem. O projeto não foi aprovado.


Essa semana me deparei com o seguinte trabalho publicado na revista Nature: Enterococcus potencializa a patogênese do Clostridioides difficile.


Os Enterococcus (organismos nativos) produzem os aminoácidos fermentáveis leucina e ortinina que aumentam a aptidão do C. difficile em ambientes de desafio. Paralelamente, promovem a depleção de arginina disponível no intestino, que modula a expressão da virulência.


Microbiota é um ecossistema que deve ser modulado, não combatido. Quanto melhor a saúde do intestino, menor a susceptibilidade dos animais aos patógenos primários e oportunistas.


Você sabia que é possível criar probióticos customizados?


Originalmente publicado em: LinkedIn

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