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O agronegócio e a desinformação na internet

Costumo ignorar desinformações na internet, porque é a melhor maneira de não propagá-la entre meus seguidores. 




Mas quando o texto é revestido de informação científica, me sinto na obrigação de fazer um contraponto, afinal, utilizar a credibilidade de revistas e universidades para contar meias verdades, não me parece o melhor caminho.


É fato que o Brasil é o maior consumidor de defensivos químicos do mundo. Por si só, esse dado é preocupante e corrobora com o título do artigo publicado hoje na UOL - Universo Online


Em 2013 gastamos U$ 10 bi em defensivos químicos, enquanto os EUA, segundo maior usuário, gastou U$ 7,4 bi.


Mas o texto não informa que, se considerarmos o uso dos pesticidas pela área cultivada, ficamos na 7a posição, com um gasto de U$ 139,00/ha.


Ou ainda, considerando a tamanho da nossa produção, saltamos para a 13a colocação, com U$ 9,00/ton de alimento produzido.


Isso considerando que somos um país tropical, com uma variedade maior de parasitas capazes de prejudicar a produção agrícola, se comparado com países de clima temperado.


O texto também não fala que somos o maior produtor e consumidor de defensivos biológicos do mundo, com mais de 400 produtos registrados no Ministerio da Agricultura


Que boa parte dos biodefensivos é desenvolvido com tecnologia nacional, muitos deles em startups.


Também não menciona que não é possível suprir as necessidades energéticas diárias de quase 8 bi de pessoas apenas com alimentos hashtag#orgânicos.


A área cultivada e consumo de água aumentaria substancialmente, bem como o aumento do desperdício de alimentos, que hoje chega à quase 30% de toda produção. 


Sou contrário ao aumento de agrotóxicos na agropecuária, mas também sou contrário a propagação de meias verdades. 


Divulgação científica exibe conhecimento e também coragem de mostrar os dados que não corroboram com nossa tese. Faz parte do fairplay. 

 
 
 

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