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O FDA autorizou o primeiro tratamento oral de microbiota utilizando microrganismos fecais


🦠 O Vowst foi desenvolvido para prevenir a recorrência de infecções por Clostridium difficile, bactéria que causa inflamação intestinal crônica e diarreia debilitante em pacientes.



A doença tem mais 460.000 registros anuais e provoca cerca de 20.000 mortes todos os anos, apenas nos EUA. 


O tratamento convencional era baseado em antibióticos


💊 As drogas promoviam a morte das bactérias, que liberavam toxinas no intestino dos pacientes e pioravam o quadro clínico. Todavia, não eram capazes de eliminar os esporos das bactérias, que rapidamente germinavam com a interrupção do tratamento. 


O Vowst utilizou um pool com 77 gêneros de bactérias intestinais, todas do filo Firmicutes. Uma verdadeira utilização do conceito de comunidade sintética de microrganismos.


Ele foi capaz de reduzir em 28% a recorrência da doença e manter a resposta clínica sustentável em 88% dos pacientes, quando comparado ao placebo. Sua eficiência foi entre 22-42% superior à dos antibióticos. 


💩 As fezes foram obtidas de 4 doadores, que tiveram histórico de saúde individual e familiar vasculhados. O material fecal foi tratado em laboratório para eliminar bactérias indesejadas e enriquecer grupos de interesse.


O tratamento oral é mais seguro e eficiente que o transplante de fezes, justamente pelo procedimento que elimina riscos de infecções cruzadas entre o doador e receptor.


Você pode perguntar: Por que não um supositório? 😬


Existe essa opção, e se chama Rebyota, da Ferring Pharmaceuticals. Porém, a administração oral permite atingir porções do intestino do paciente que não são inoculadas por administração retal.


O Vowst foi desenvolvido nos EUA pela Seres Therapeutics em parceria com a Nestlé Health Science, e estará disponível a partir de junho de 2023.


E você, usaria tratamentos baseados na hashtag#microbiota fecal?


ref: Feuerstadt et al., 2020.


 
 
 

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